Carlos Ferreira (PT) pediu a palavra, que foi negada, durante votação.
Confusão foi durante uma sessão em Nova Iguaçu, na noite de terça-feira.
Um vereador de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, foi detido depois de se envolver em uma confusão durante uma sessão, na noite de terça-feira (18), como mostrou o Bom Dia Rio desta quarta-feira (19).
O projeto de lei que o vereador Carlos Ferreira, o Ferreirinha, do PT, fez para criar uma cartilha sobre educação sexual nas escolas estava sendo votado, quando ele pediu a palavra e ela foi negada. Testemunhas contaram que Carlos Ferreira pegou o projeto de lei, se trancou no banheiro, e rasgou o documento. A polícia foi chamada e o vereador foi levado para a delegacia.
Segundo a assessoria da Prefeitura de Nova Iguaçu, em fevereiro deste ano, o vereador Denilson Ambrósio apresentou um projeto que foi aprovado proibindo a exibição, distribuição e circulação de material nas escolas públicas que tivessem “conteúdo erótico” e que tratasse de educação sexual para crianças de 6 a 10 anos. O prefeito sancionou e transformou em lei, proibindo cartilhas, por achar que é prematuro.
De acordo com a assessoria, o projeto do vereador Ferreirinha revogaria a lei. “Quando ele percebeu a gravidade política, se atirou na mesa da presidência, pegou o projeto, saiu correndo para o banheiro e rasgou. Jogou um pedaço no vaso sanitário e outro no chão”, informou a assessoria da prefeitura. O vereador Carlinhos Presidente teria corrido atrás dele, no banheiro, para pegar o projeto, e, por ser policial militar, deu voz de prisão a Ferreirinha. Ainda de acordo com a prefeitura, Ferreirinha agrediu Carlinhos Presidente, que acionou a polícia.
Vereador diz outra versão
Em seu blog, o vereador Ferreirinha disse ter sido agredido pelo vereador Carlinhos Presidente (veja a postagem na íntegra abaixo). Ferreirinha é vice do candidato à prefeitura de Nova Iguaçu, Rogério Lisboa.
Em nota, a assessoria de Carlos Ferreira informou que o projeto do vereador não era pra distribuir cartilhas de conotação sexual e explicou que, a votação desta terça-feira era sobre um novo projeto que entraria no lugar de um anterior.
“O vereador Carlos Ferreira (Ferreirinha) esclarece que não é autor de projeto para a distribuição de cartilha com conteúdo sexual nas escolas. Na sessão de terça-feira, o que se tentou fazer na Câmara Municipal de Nova Iguaçu, dominada por vereadores aliados ao prefeito Nelson Bornier, foi uma manobra com cunho eleitoreiro.
Tal manobra foi detectada pelo Tribunal Regional Eleitoral, que notificou o presidente da Câmara pedindo explicações sobre o desarquivamento irregular de um projeto de Ferreirinha. Depois de acompanhar o oficial de Justiça para entregar a notificação ao presidente da Câmara Maurício Morais, Ferreirinha foi agredido, assim como um assessor seu. O equipamento de filmagem foi quebrado.
A polícia foi acionada e Ferreirinha foi conduzido à delegacia, e não detido, para que pudesse registrar as agressões sofridas. O vereador repudia a violência e a mentira como formas de fazer política e reafirma que continuará se pautando pela ética e pela verdade”, diz a nota.
Vereador postou uma declaração em seu blog (Foto: Reprodução)