Meire Joyce, graduada em Administração de Empresas e especialista em empreendedorismo, conhecida como Meirinha de Irecê, portadora de Nanismo, com uma vida marcada por superação participou na tarde desta quinta-feira(23) do Encontro Nacional de Legislativos Brasileiro e Fórum Nacional da Mulher Parlamentar em Salvador.
Para realizar tarefas simples Meirinha tem dificuldades todos os dias. Tudo é alto demais para ela. Tudo é difícil de alcançar, exceto o seu sonho de mudar o mundo e ajudar as pessoas. No alto dos seus 98 centímetros “muito bem distribuídos em 24 kg”, a mulher que tem problemas até para alcançar o assento de uma cadeira se tornou vereadora (2016/2020. A menor vereadora do Brasil é mais do que uma pequena grande mulher.
Portadora da síndrome de nanismo, eleita em 2016 para a Câmara de Vereadores de Irecê, Centro-norte da Bahia, é considerada uma gigante na defesa dos direitos de quem, por algum motivo, é excluído do mundo dito “normal”. A história do caixa do banco é tão real que, em 2017, discursou em uma audiência no Congresso Nacional, na Câmara Federal, em Brasília, sobre o assunto. Durante reunião da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência (CPD), cobrou por políticas públicas de acessibilidade.
“Eu só lembro que tenho nanismo quanto tenho que pegar algo no alto. Ou quando tenho que abrir o chuveiro da casa dos outros. Porque na minha casa é tudo adaptado”. “Minha família sempre lutou muito na roça para tirar o seu sustento. E sempre me tratou como igual”.
Além de tudo, Meirinha conta que sempre enxergou na sua condição uma forma de incentivo. “Quando comecei a perceber minha estatura diferenciada, quis mostrar meu potencial. Tudo que as pessoas diziam: ‘Meirinha não pode porque ela é pequena’, eu insistia em fazer. Eu gosto de desafio!”
A União dos Vereadores do Brasil/UVB, através do presidente, Gilson Conzatti, defende, apoia e incentiva a participação de todas as classes, principalmente, a integração e valorização e fortalecimento da pauta feminina na política brasileira.