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Grupo de vereadores em Teresópolis, RJ, investiga possível superfaturamento na compra de merenda escolar

Quilo da banana é comprado pelo dobro do preço comercializado em supermercados, segundo prestação de contas divulgada pela Prefeitura.

Comissão de Educação da Câmara dos Vereadores de Teresópolis, na Região Serrana do Rio, está investigando um possível superfaturamento na compra de alimentos para merenda escolar. Segundo um grupo de vereadores, duas cooperativas – uma de Nova Friburgo e outra de Teresópolis – foram contratadas sem licitação, apenas com chamamento público publicado em Diário Oficial.

O fato chamou a atenção, pois em março deste ano foi assinado um contrato de fornecimento de produtos da agricultura familiar do município para unidades escolares através do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), segundo informações da própria Prefeitura e da Emater, divulgadas na época.

A Secretaria de Educação divulgou uma prestação de contas do primeiro semestre e o valor pago pela merenda para 104 escolas municipais ultrapassa R$ 450 mil. De acordo com a comissão que investiga a possível irregularidade, uma análise dos alimentos comprados mostra que muitas frutas e legumes estão sendo comprados com preço acima da média.

Segundo as cooperativas contratadas pela Prefeitura, o valor pago por cada item foi determinado pela tabela de preços da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o produtor rural ainda pode acrescentar até 30% sobre o valor final.

No entanto, na prática, alguns produtos estão saindo muito caro. Na tabela de preço da FGV da primeira quinzena de julho, o quilo da banana prata custava R$ 3,24. Somando os 30% dos produtores, a Prefeitura de Teresópolis pagou R$ 4,21 no quilo. Nos supermercados da cidade, por exemplo, a banana é encontrada por R$ 2, em média.

Outro valor que chamou a atenção dos vereadores foi o da cenoura. A Prefeitura paga R$ 2,09 e nas bancas o quilo é encontrado por R$ 0,99.

Por telefone, o assessor do prefeito informou na tarde desta quarta-feira (16) que, por enquanto, a Prefeitura não vai se manifestar sobre o assunto.

Fonte:g1

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