Os vereadores Dr. Lindoso (PSDB), presidente da Câmara Municipal de Osasco, Toniolo (PCdoB) e Daniel Matias (PRP) fizeram avaliações sobre o vale refeição de R$ 37 por dia, que passou a ser pago este mês aos servidores da Casa.
O valor ultrapassa os R$ 800 por mês.
As declarações variam entre “direito merecido”, “não era o momento”, diante da crise econômica e política no país, e “fui voto vencido”. Confira:
Para Daniel Matias, vale refeição de R$ 37 por dia “está dentro da normalidade”
“É um benefício que eles têm direito de ter, também, não é? Temos tido tanta dificuldade já com cargos que estão saindo [da Câmara], pessoas que estão ficando desempregadas. Então, diante de tantas perdas, pelo menos para que pudéssemos promover algum ganho, uma condição melhor para os que estão ali trabalhando, que são tão esforçados. É um direito do trabalhador.
Não acho o valor exagerado, de repente poderia ser menor, não sei qual foi o estudo que partiu para que pudesse chegar nesse número, mas acho que está dentro da normalidade, daquilo que acompanha o mercado”.
“Sou contra”, diz Lindoso
“Como vereador, sou contra o vale [refeição aos servidores da Câmara] hoje. Na atual situação política, econômica, não era o melhor momento, mas a maioria decidiu. Sou democrático. Como presidente [da Câmara], coloquei na pauta e a maioria votou. Mas todos sabem meu posicionamento: sou contra. Agora, neste momento. Acho que com a economia melhorando, a gente poderia pensar nisso”.
Toniolo diz que votou a favor “para acompanhar” maioria dos parlamentares
“Quis a nova Legislatura, através dos novos vereadores, e a gente, como vereador, acatou. Mas acho que realmente há uma discrepância grande [entre o benefício pago aos servidores da Câmara e aos da Prefeitura, que almoçam no Restaurante do Servidor]. Até porque os próprios salários da Câmara são um pouco maiores que os da Prefeitura.
Neste momento, em uma situação de recessão no país, acho que ele [o projeto que institui o vale refeição] foi apresentado num momento errado. Se é merecido ou não, não vou discutir. Todos merecem ter um tratamento melhor, receber um salário mais digno e também um vale refeição mais digno. Porém, para o momento, é complicado.
Meu voto foi sim, até para acompanhar [a maioria]. Não podia ser dissidente neste momento, uma vez que havia unanimidade na votação e se você não vota favorável fica numa situação muito desconfortável dentro da Câmara”.
FONTE (VISÃO OESTE)