“Não existe Pacto Federativo. Lamentavelmente o Governo Federal manobra para distribuir para os estados e municípios suas responsabilidades, dourando a pílula com a notícia que isso ocorrerá com o repasse de uma montanha de dinheiro. Balela! Tudo que tem sido feito até agora é desinvestimento público. O que se pretende em última análise é retirar as conquistas sociais da população menos assistida deixando os prefeitos e governadores com o desgaste político. Imagine o nível de seriedade de uma medida que contava com os recursos do megaleilão do petróleo, que foi um fracasso. Isso não é sério”.
Extinção de municípios:
“Também não entendo como séria uma proposta dessa. Qualquer cidadão comum sabe que uma empresa para se desenvolver precisa de investimentos. A mesma lógica se aplica aos municípios. Não adianta argumentar que alguns deles não arrecadam o suficiente para se manter. O que tem que se discutir é a potencialidade do município e o que ele precisa para conseguir se expandir economicamente. Cito o exemplo de Arapiraca, que era um pequeno distrito de Limoeiro. Veio a cultura do fumo e hoje é o segundo maior município do Estado. Além disso, se essa lógica for adotada, não vai demorar que surjam propostas da extinção de alguns estados. Um absurdo! Quando a CEAL e a Telasa iniciaram a ampliação da das suas redes de serviços nos anos 60 e 70, a maioria dos municípios atendidos não geravam receitas para cobrir os investimentos. Mas graças à energia elétrica e a fácil comunicação, se desenvolveram e hoje geram lucro para as empresas que assumiram o setor. É isso que tem que ser buscado: investimento para desenvolver, e não ficar tentando extinguir núcleos habitacionais que têm uma rica história”.
José Anizio de Amorim- Vereador Anizão, Murici/ Alagoas Superintendente da UVB Nordeste