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Projeto de construção de nova sede é descartado pela Câmara de Vereadores de Varginha, MG

Comissão especial apontou irregularidades na contratação de empresas; mesmo sem sair do papel, proposta consumiu R$ 70 mil.

m projeto de construção da nova Câmara Municipal de Varginha (MG) foi descartado. O projeto, de cerca de R$ 12 milhões, foi alvo de uma comissão especial do Legislativo que entendeu que havia erros na iniciativa. Os vereadores apontaram falhas que tornam a obra inviável, como por exemplo, a contratação de empresas sem concorrência e orçamentos prévios.

Pelo projeto, a nova sede seria bem mais moderna que a atual. A Câmara teria dois andares e um plenário bem amplo. A ideia partiu do ex-presidente da Câmara, Rômulo Azevedo.

“Percebemos, perante as respostas da população em diversas atividades que realizamos dentro e fora da câmara ligando os vereadores à população, que era necessário um novo espaço onde possa comportar a escola do legislativo, onde possa receber a população para prestar os serviços que o poder legislativo deve prestar à toda a comunidade”, afirmou Azevedo.

Mesmo sem sair do papel, o projeto já consumiu quase R$ 70 mil dos cofres públicos e virou alvo de uma comissão especial.

“A comissão especial ouviu diversas pessoas da nossa sociedade, fez vários estudos e chegou a conclusão inarredável que ali o local não seria pertinente, um local próprio para a construção da nova sede da nossa casa. Era, antigamente ali, um buracão, imenso buraco. Então eles fizeram uma visita as casas laterais e puderam constatar rachaduras comprometedoras a todos imóveis que circunvizinham onde seria a construção da nova câmara”, disse Zacarias Silva, atual presidente da Câmara de Varginha.

 A nova sede seria construída em um terreno no bairro Ozanan. No entanto, a comissão especial encontrou irregularidades que impediram que a obra fosse para frente. Segundo a comissão, o local escolhido não tem estacionamento e não teria estrutura adequada. o relatório aponta ainda que o ex-presidente contratou empresas sem orçamentos prévios e concorrência.

“Foi pelo menor preço encontrado, menor preço ofertado. Ela foi a vencedora e realizou um trabalho belíssimo, que está a disposição de toda a população e de todas as autoridades também”, rebate Azevedo.

O atual prédio é de 1822. O presidente da Câmara reconhece que ele precisa de reformas. “O que nós vamos fazer é entregar todos esses fundamentos ao Ministério Público. Evidentemente que a câmara ficou nesse prejuízo. Não sei se amanhã ou depois terá viabilidade de construir naquele local uma nova sede. E o que foi determinado pela comissão é a devolução do terreno ao município”, explicou Piva.

FONTE (G1)

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