A Marcha dos Vereadores e Vereadoras seguiu com a programação durante a tarde desta terça-feira (23) no Opera Hall, no Setor de Clubes Norte, reunindo cerca de 3 mil pessoas. As moções que antecederam as palestras citaram a reforma da previdência, a situação da Avenida Trans Amazônia e homenagens de vereadores aos municípios representados.
Dando início às palestras, o vereador de Natal (RN), Raniere Barbosa (PDT) falou sobre as verbas de gabinete, dando ênfase na verba indenizatória que ressarce os gastos dos gabinetes no fim de cada mês. Ele ressalta o quanto vereadores são prejudicados em alguns casos em que o Tribunal de Contas não considera o gasto adequado e não devolve o dinheiro investido. “Se o Tribunal achar que um devido gasto não se encaixa na política de verba indenizatória, quem paga somos nós todo fim do mês.”, afirma. Segundo o vereador, o dinheiro é usado para o pagamento de funcionários e outras ações pertinentes ao trabalho do gabinete e que o caso deve ser olhado com mais cuidado para que ninguém fique no prejuízo.
Maria Lúcia Fattirelli, coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, destaca que a culpa da crise no país não pode ser colocada na atual Previdência Social e sim na política monetária do Banco Central. “O dinheiro que sobra dentro dos bancos não é emprestado para a população, pois, com os juros exorbitantes ninguém tem condições de aceitar um empréstimo, o que faz com que os bancos passem o dinheiro para o Banco Central, ao invés de deixar o montante mais acessível à população de forma justa”, afirma. “Precisamos de uma pressão social organizada vinda principalmente dos municípios e impedir que a previdência seja colocada dentro de um modelo de capitalização. A previdência social é o maior patrimônio econômico do Brasil”, completa.
A Marcha dos Vereadores e Vereadoras segue pelo resto da semana, onde serão debatidos diversos temas condizentes à categoria e a população.