PIRAÍ/RJ – Mário Hermínio é do MDB, e está em seu quarto mandato como vereador. No ano passado assumiu a presidência da Câmara Municipal pela primeira vez, cujo mandato é de dois anos. Passado o primeiro ano, fez um balanço do trabalho realizado. Ele resume 2017 como um ano histórico na cidade. Piraí tem 11 vereadores e pela primeira vez tem uma oposição na Casa maior do que a situação. Seis dos parlamentares não fazem parte da base do governo do prefeito Luiz Antônio (PDT). Além disso, no ano passado, outra coisa inédita: foi reduzida de 40% para 0% a possibilidade de remanejamento dentro do Orçamento de 2018 pelo Poder Público.
O presidente da Câmara faz parte da oposição. Ele afirma que a condução do seu mandato a frente da Mesa Diretora tem sido sempre com o objetivo de fazer mediação. Ele foi eleito presidente por unanimidade, apesar de dois grupos explícitos existirem no Legislativo. “Estou sempre tentando olhar os dois lados. Até com o prefeito, com quem já fui vereador, sempre tento conversar. Todos os prefeitos que já tiveram sempre vão atrás dos opositores para acertarem as arestas, tem mais de 25 anos que acontecia isso em Piraí. Essa legislação está sendo atípica nesse sentido de oposição e situação”, contou.
Segundo Mário Hermínio, o grupo se dividiu na eleição, com parte apoiando o ex-prefeito Tutuca e outra parte o atual prefeito Luiz Antônio. E essa separação ainda perdura. “Nós, vereadores de oposição, não queremos cargos, queremos apenas ser ouvidos e as reivindicações da população atendidas. Já tentei isso com o prefeito e não consegui”, falou o vereador.
REMANEJAMENTO
Um prefeito ter um percentual para remanejamento dentro do Orçamento é natural acontecer nas cidades. Até porque as verbas para cada secretaria são planejadas, mas podem ocorrer uma ou outra necessidade para alteração. Em Piraí, os vereadores de oposição conseguiram reduzir o percentual de 40% para 0%. E agora, tudo que o prefeito precisar remanejar será necessário mandar mensagem para a câmara pedindo autorização. Já foram realizadas duas sessões extraordinárias durante o recesso para isso e outras ainda serão convocadas pelo presidente.
“Fui contra a tirar todo o percentual de remanejamento do prefeito, mas em grupo a decisão é da maioria. De qualquer forma, estamos exercendo nosso papel que é de fiscalizar e a alteração no orçamento, que foi elaborado pela própria prefeitura, precisava ser informada para os vereadores e também para a comunidade. Agora isso ficará muito claro. A transparência, nossa maior preocupação, será dada”, disse, lembrando que a comunidade conta com a TV Câmara que transmite as sessões realizadas as segundas e terças-feiras, às 18 horas, e também as pessoas podem se dirigir ao Legislativo para acompanhar os trabalhos. O fim do recesso será no dia 5 de fevereiro.
OUTRAS AÇÕES
Em 2017 também foram devolvidos R$ 405 mil de verba repassada para a câmara ao Poder Público. Além disso, com toda a crise que ainda assolou o estado no ano passado, o Legislativo conseguiu pagar em dia os funcionários, dar um reajuste salarial de 5% no mês de maio e também pagar o abono de R$ 500 aos trabalhadores.
EM 2018
Para este ano, Mário Hermínio espera que o diálogo com o prefeito Luiz Antônio seja maior. Além disso, tem previsto um concurso público para ser realizado. A demanda será levantada para apontar a quantidade de cargos necessários.
No mais, o presidente espera que seja um ano de busca de investimento por parte de todos os vereadores e também do prefeito. Ele citou uma verba de R$ 600 mil que será destinada para a cidade a seu pedido ao deputado Marco Antônio Cabral. E a possibilidade de vinda de R$ 1,2 milhão destinado pelo senador Eduardo Lopes para a construção da sede do Centro de Atenção Psicossocial (Caps).
GRUPO DOS SEIS
Além do presidente da Casa, Mário Hermínio, o grupo de oposição é composto ainda pelos vereadores Alex Joaquim (PP), Ricardo Passos (PSD), Junior Rocha (DEM), Wilden Vieira da Silva, o Prico (PSC), e Darlei Gomes de Moraes (MDB).
