“Esperança ausente é provavelmente o sinal mais ameaçador do presente.”
Na concepção entre história e política, todos são confrontados com um problema básico da existência humana: a preservação da continuidade e a capacidade de mudar.
Nas últimas eleições ficou evidente a necessidade de mudar, ditada pela vontade popular. E, como sempre a mudança traz adeptos e críticos, ao mesmo tempo em que colocam em muitos campos, reivindicações por reformas.
E as reformas que se colocam no olhar crítico da sociedade. Somos capazes de modernização? Estamos preparados para aceitar os desafios tecnológicos do mundo? Estamos aptos a proteger o meio ambiente, colocando a sustentabilidade como meio de vida?
São respostas necessárias para um país que precisa passar por mudanças profundas, para encontrar seu caminho entre os mais desenvolvidos, lembrando que há muito tempo que a internacionalização se apossou de nossas vidas, o que nos leva a entender que discussões sociais, cujo conteúdo é provinciano e acarretarão graves consequências de alto custo.
Encarar as intenções do Governo Federal como importantes para a concretização do nosso sonho, roubado por desgovernos, é necessário. O Brasil procura respostas para as questões estratégicas fundamentais da nova época.
A sociedade se vê às voltas com o fortalecimento do Poder Legislativo, tão essencial à democracia, um governo, como um todo, que procura encontrar o caminho, um judiciário, que deseja cumprir o seu papel. Se nos unirmos, todos encontraremos respostas para as questões estratégicas fundamentais dessa época de mudanças.
No nosso cenário existe um novo governo levado ao Planalto pelo povo, assim como um Legislativo que é o espelho da sociedade atual. O que nos resta agora é torcer pelo êxito das grandes reformas, acreditar na boa fé dos que tentam nos mostrar um novo caminho.
Por isso creio que é preciso renovar a crença na utopia e a esperança de que dias melhores virão e lutar para que valores éticos e morais sejam mais fortes e “superem a razão cínica e egoística que quase chegamos a nos acostumar em tempos passados”.
Sempre acreditei que nenhuma forma de governo sozinha consegue dar felicidade às pessoas. O que penso é que uma nação não é formada e nem se mantém viva pela forma de governo, e, sim, pela torcida pelo sucesso dos governantes que nos lideram. Adotando o princípio da ética, única forma de manter-se viva a alma nacional.
De nossa parte temos cumprido, aqui na União dos Vereadores do Estado de São Paulo, o papel ético de capacitar e orientar os jovens a ingressarem na vida pública com o desejo de servir. Os que estão procurando mostramos o caminho para solidificar um mandato que possa contribuir na configuração do futuro. A nossa máxima é a de que o Presidente da República nasce no município.
Esse é o nosso papel. Evitar o sumiço das esperanças positivas no futuro, a partir do agente público municipal. Esperança ausente é provavelmente o sinal mais ameaçador do presente.
Por Silvia Melo, jornalista, Presidente Executiva da UVESP, diretora da WLS Produções e Eventos e correspondente do Jornal Vidas Lá Fora.
fonte:www.vidaslafora.com.br