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Mandetta diz que maio e junho serão os meses ‘mais duros’ e espera ‘fala unificada’ do governo no combate ao coronavírus

O ministro de Saúde, Luiz Henrique Mandetta, passou o domingo (12) de Páscoa junto com a família do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), em Goiânia. Direto do Palácio das Esmeraldas, sede do governo goiano, ele afirmou, em entrevista ao Fantástico, que o pico do coronavírus será em maio e junho e pediu que o Brasil não desista do isolamento.

“Maio e junho serão, realmente, os nossos meses mais duros. A gente tem diferentes realidades. O Brasil a gente não pode comparar com um país pequeno, como é a Espanha, como é a Itália, a Grécia, Macedônia e até a Inglaterra. Nós somos o próprio continente. Serão dias duros”, disse.

Antes de vir a Goiânia, o ministro visitou, no sábado (11), junto ao presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido), as obras do Hospital de Campanha de Águas Lindas de Goiás, que receberá pacientes com coronavírus no Entorno do Distrito Federal. Durante a entrevista, Mandetta falou sobre a postura do presidente de cumprimentar apoiadores que se aglomeraram para vê-lo.

“Preocupa, porque a população olha e fala: ‘Mas será que o ministro é contra o presidente?’. Não há ninguém contra nem a favor de nada. O nosso inimigo é o coronavírus. Se eu estou ministro da Saúde, é por obra de nomeação do presidente. O presidente olha pelo lado da economia. O Ministério da Saúde entende a economia, entende a cultura e educação, mas chama pelo lado de equilíbrio e de proteção à vida”, disse.

Eu espero uma fala única, uma fala unificada, porque isso leva para o brasileiro uma dubiedade, ele não sabe se ele escuta o ministro da Saúde ou se ele escuta o presidente, completou Mandetta.

O presidente Jair Bolsonaro, o governador Ronaldo Caiado e o ministro Henrique Mandetta visitaram a obra de um hospital em Goiás neste sábado (11) — Foto: Marcos Corrêa/PR

A decisão do ministro de passar o domingo em Goiânia não fazia parte da agenda oficial e aconteceu depois de um convite do governador.

“Governador Ronaldo Caiado é como um irmão mais velho, uma espécie de ‘paizão’. Então, ele me convidou, eu aceitei, vim aqui com minha esposa e almoçamos juntos hoje, rezamos juntos hoje com a família dele, ele me emprestou um pouquinho da família dele para recarregar as baterias. Por causa disso, eu vim pra cá”, contou Mandetta.

O ministro reforçou a necessidade do isolamento social para evitar a disseminação do vírus.

“Quando você vê as pessoas entrando em padaria, entrando em supermercado, fazendo filas uma atrás da outra, encostadas, grudadas, pessoas fazendo piquenique em parque, isso é claramente uma coisa equivocada”, disse Mandetta.

O ministro voltou para Brasília ainda na noite deste domingo e segue com os compromissos normais.

fonte:https://g1.globo.com/go

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