Eric Zambon e Millena Lopes
[email protected]
Foram 13 os deputados distritais que disseram “sim” à proposta do governo de transformar o Hospital de Base em instituto, conforme antecipou o Jornal de Brasília. O projeto foi aprovado em primeiro turno, na noite desta terça-feira (20), na Câmara Legislativa do DF. Há expectativa de que o texto seja apreciado em segundo turno ainda nesta noite. Uma discussão sobre se o projeto deveria ser ou não aprovado por maioria qualificada toma o Plenário, desde que foi proclamada a aprovação do projeto.
Com o governo, votaram Agaciel Maia (PR), Cristiano Araújo (PSD), Juarezão (PSB), Lira (PHS), Telma Rufino (Pros), Rodrigo Delmasso (Podemos), Luzia de Paula (PSB), Sandra Faraj (SD), Julio Cesar Ribeiro (PRB), Robério Negreiros (PSDB), Rafael Prudente (PMDB), Liliane Roriz (PTB) e Joe Valle (PDT).
Os votos de Chico Leite (Rede) e Israel Batista (PV), que eram tidos como “dúvidas”, mas eles se manifestaram contra o governo. Assim como Bispo Renato (PR), Celina Leão (PPS), Raimundo Ribeiro (PPS), Chico Vigilante (PT), Wasny de Roure (PT), Ricardo Vale (PT) e Wellington Luiz (PMDB). Também contra o governo, faltaram à sessão os deputados Cláudio Abrantes (Rede) e Reginaldo Veras (PDT).
Os 13 escudeiros
Treze deputados votaram a favor da proposta
- Agaciel Maia (PR)
- Cristiano Araújo (PSD)
- Joe Valle (PDT)
- Juarezão (PSB)
- Julio Cesar Ribeiro (PRB)
- Liliane Roriz (PTB)
- Lira (PHS)
- Luzia de Paula (PSB)
- Rafael Prudente (PMDB)
- Robério Negreiros (PSDB)
- Rodrigo Delmasso (Podemos)
- Sandra Faraj (SD)
- Telma Rufino (Pros)
Pelo menos quatro meses
A expectativa da Secretaria da Saúde é que, antes do fim do ano, o novo modelo já esteja em pleno funcionamento. Mesmo que o texto seja, enfim, aprovado hoje, o governo levará um tempo para seguir com todo o trâmite burocrático que o processo enseja.
Clima tenso
O clima tenso da sessão se agravou à medida que os debates progrediam. Antes reservados às galerias repletas de manifestantes pró e contra o projeto, os conflitos passaram a acontecer entre os deputados.
Depois de o governista Lira (PHS) criticar as entidades sindicais contrárias ao Instituto, Wellington Luiz (PMDB) rebateu em tom exaltado. Lira ironizou que muitos sindicalistas dão “sanduíche de mortandela (sic)” a seus pares enquanto comem em churrascarias chiques. “O senhor nunca presidiu um sindicato. Eu o convido a passar um mês em uma entidade para ver como é a realidade”, respondeu o peemedebista em tom áspero.
Chico Vigilante (PT) ainda entendeu, na fala de Lira, uma crítica velada às ex-deputadas Maninha e Arlete Sales, ambas com passados ligados a sindicatos. As duas estiveram no plenário e engrossaram o coro da oposição. Raimundo Ribeiro (PPS) também saiu em defesa das ex-parlamentares.
A sessão chegou a ser suspensa por cinco minutos, depois que manifestantes se ofenderam com os deputados ligados à Operação Dracon. Mesmo sendo a favor da proposta, o presidente da Casa, Joe Vale (PDT), saiu em defesa de seus colegas e exigiu mais respeito no plenário.
FONTE (JORNAL DE BRASÍLIA)