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Eleições na CNM: A esperança de que o novo presidente respeite as entidades representativas de vereadores

A Confederação Nacional dos Municípios – CNM, elegeu na sexta-feira, 02 de março, a nova diretoria executiva da entidade dos prefeitos, sim dos prefeitos, pois, somente eles têm direito aos votos e à participar da diretoria e cargos, bem como das tomadas de decisões. Neste contexto, o vereador é um mero figurante, que se engana e se ilude com a cortesia de uma carteirinha de identidade. Os municípios, através das prefeituras, são os que pagam a conta mensalmente através de um percentual do repasse do Fundo de Participação dos Municípios – FPM, mas não é este o foco da minha manifestação.

Na condição de presidente da União dos Vereadores do Brasil – UVB, entidade de representação nacional do poder legislativo municipal brasileiro, fundada em 16 de novembro de 1964, tenho fé e esperança de que o novo presidente eleito, Glademir Aroldi, ex-prefeito de Saldanha Marinho/RS, trabalhe diferente e respeite o trabalho, a harmonia e a independência das entidades de vereadores, que demonstre com ações de irmandade e parceria, o verdadeiro intuito de unir e somar forças pelas causas municipalistas.

Conheço o Aroldi, sei da sua capacidade, sei da sua paixão pela causa municipalista, sei que é aberto ao diálogo e diferentemente do presidente que encerra seu mandato, Aroldi sempre demonstrou interesse em prestigiar as ações das entidades estaduais de vereadores e da própria UVB, participando inclusive de Marcha dos Vereadores. O novo presidente da CNM, por sua capacidade de diálogo, se quiser, poderá unir as duas entidades pelas causas do municipalismo. Para que isso aconteça, vai ter que estancar a ganância e a falta de escrúpulos em que a CNM tem agido para cooptar os vereadores do Brasil e consequentemente tentando enfraquecer entidades como a União dos Vereadores.

Espero que o poder da caneta não transforme a pessoa e nem o modus operandi do novo presidente da CNM e que a entidade dos municípios, através das prefeituras, possa agir com mais respeito com as entidades de vereadores do país. Queremos união e dialogo em busca de resultados positivos à causa municipalistas, mas como dirigente de uma entidade municipalista do poder legislativo, vou brigar sempre pela autonomia da UVB, deixando claro que cada um deve ocupar o seu quadrado, sem interferência do poder dominante tentando sufocar as nossas ações.

Com fé, acredito que chegamos à um novo tempo e à novas relações com a entidade dos prefeitos, estamos saudando com bandeira branca. Com nossa união e harmonia, quem ganha é o municipalismo brasileiro, ou seja o cidadão e a cidadã de cada um dos 5.570 municípios do país. Aguardaremos!

Gilson Conzatti, Presidente da União dos Vereadores do Brasil

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