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Câmara dos Vereadores de Caxias exonera parentes de Fernandinho Beira-Mar

Câmara de Vereadores de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, exonerou três servidores em cargos comissionados, na tarde desta quarta-feira, após a Polícia Federal cumprir um mandado de busca e apreensão no setor de Recursos Humanos do legislativo municipal. A ação faz parte da Operação Epístola, deflagrada nesta manhã para desmantelar uma quadrilha comandada por Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar. As investigações apontaram que o traficante havia negociado nomeações de parentes na Câmara de Caxias.

Em nota, a Câmara diz que o presidente da Casa, vereador Sandro Lelis, colocou-se à disposição da Polícia Federal. “De acordo com os documentos apresentados pela Polícia Federal, a Câmara Municipal constatou que três servidores encontravam-se em cargos comissionados e prontamente os exonerou. Portanto, a partir desta data, os mesmos não fazem mais parte do quadro de funcionários comissionados do Legislativo”, diz a nota.

Segundo o delegado federal Leonardo Marino, chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes de Rondônia, o traficante tratava das nomeações de dentro do presídio federal de Porto Velho, em Rondônia.

— Conseguimos identificar tratativas de nomeação e mudança de cargos na Câmara Municipal de Caxias. Ele (Beira Mar) tinha esse viés político de utilizar os cargos como uma futura aposentadoria para os parentes. Os familiares dele tinham cargos na Câmara, sempre em comissão — afirmou o delegado, acrescentando que não ficou comprovado o envolvimento de políticos:

— Não conseguimos comprovar a participação de nenhum político dentro da Câmara, mas solicitamos informações para identificar o processo de contratação dessas pessoas — disse.

A Câmara de Caxias afirma, em nota, que “prontamente forneceu a documentação exigida para contribuir com a investigação e esclarecer os fatos levantados”, e ressalta que preza pela trasnparência e acrescenta que “sua gestão (do presidente Sandro Lelis) é pautada pela legalidade e responsabilidade, por isso está disponível para colaborar com o Poder Judiciário e o Ministério Público Federal no que for necessário”.

FONTE (EXTRA)

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