O presidente da Câmara de Vereadores de Passo Fundo/RS, vereador Saul Spinelli (PSB), participou na noite desta quarta-feira (19), de uma audiência pública da Comissão Especial do Câncer Infantil e Adolescente no RS, na Assembleia Legislativa do Estado, em Porto Alegre. O parlamentar foi ouvido como presidente do Legislativo passo-fundense e também como conselheiro do Instituto PIETRO, associação especializada em doação de medula óssea. Ele defendeu investimentos na saúde para impulsionar o tratamento do câncer infantil no município.
Diante da comissão temporária, presidida pelo deputado estadual Dr. Thiago Duarte (DEM), Saul explicou a necessidade de investimentos no Hemocentro Regional de Passo Fundo (Hemopasso) que atende a 159 municípios e 45 hospitais. “Existe uma necessidade urgente de recursos para ampliar e melhorar o atendimento, há 20 anos, por exemplo, o Hemopasso possuía 17 técnicos, hoje são apenas quatro para atender o dobro da demanda”, pontuou.
O presidente da Câmara também relatou sobre a necessária liberação de recursos para a construção do Centro de Internação das Crianças com Câncer, no Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), e de uma central de controle de leitos para transplante de medula óssea. “Já que hoje é grande a dificuldade para o paciente encontrar um leito para internar e fazer o transplante”, completou.
Saul ainda lembrou que, há uma década, o Brasil contava com 750 mil cadastros no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME) e enfatizou o crescimento desse número nos últimos anos. “Hoje são cinco milhões, e ele está associado a bancos de doadores de outros países. Isso significa que um paciente com leucemia tem 27 milhões de possibilidades de encontrar um doador compatível, mas temos problemas de local para fazer o transplante”, apontou.
Temas encaminhados
Entre os encaminhamentos da audiência, que está a cargo da relatora da comissão, deputada estadual Franciane Bayer (PSB), ficou o entendimento de que os hospitais habilitados a tratar de câncer infantil devem ter expertise e experiência para atender pacientes oncológicos. Além disso, que os encaminhamentos entre os centros de referência precisam acontecer de forma desburocratizada. E que também deve ser ampliada no estado, e, em especial, na capital, a rede de casas de apoio exclusivas para atender famílias e pacientes com câncer infantil, entre outros tópicos.
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