Prefeito, vice e vereadores passarão a ganhar menos na próxima legislatura. Economia será de R$ 1,3 milhão em quatro anos
Os políticos eleitos para a próxima legislatura terão subsídios 20% menores do que os pagos aos atuais mandatários. Os vereadores aprovaram ontem dois projetos de lei que reduzem os salários dos próprios vereadores, além de prefeito e vice.
A redução representa uma economia de cerca de R$ 336,7 mil ao ano e de R$ 1,3 milhão ao longo do mandato.
No caso de vereadores, o salário que hoje é de R$ 7 mil, passa a ser de R$ 5,6 mil. O prefeito, que hoje ganha R$ 25,6 mil mensais, passará a receber R$ 20,5 mil. Já o vice, tem o ganho reduzido de R$ 12,8 mil para R$ 10,2 mil.
O consenso em torno da proposta foi construído ao longo dos últimos meses. A proposta inicial, apresentada por sete dos 13 vereadores, era de redução de 30%. Durante a negociação, ficou definido que a redução seria de 20% e passaria a incluir prefeito e vice.
Os secretários municipais não tiveram seus vencimentos alterados e seguem recebendo R$ 9,7 mil.
Debate no plenário
De volta à câmara, o ex-secretário de Obras, Cristiano da Rosa (MDB), questionou as intenções do projeto e sugeriu outras forma de corte de custos, como redução de cargos em comissão.
“Vamos aprovar mexer no nosso salário, vamos mexer no de quem está aqui, não sei quem estará no próximo mandato”, desafiou. No entanto, o regimento da câmara determina que os salários são definidos no último ano de mandato para a legislatura seguinte.
O vereador de oposição Volnei Zancanaro (PSL) afirmou que não considera justo o valor pelo que é exigido de um vereador. “Estamos aqui com os salários que os últimos vereadores nos deram. Tem gente que mereceria mais, mas tem gente que não mereceria um salário mínimo. Nas eleições, virão as respostas”, afirmou.
A sessão ocorreu sem presença de público, em função das medidas de prevenção ao coronavírus, e foi transmitida ao vivo pelo Facebook.
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