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Alerta nacional: o combate aos cursos “caça-níquel” que exploram a máquina pública e envergonham o municipalismo

 

Nos últimos anos, tem crescido em todo o país a presença de empresas e instituições que se apresentam como “formadoras”, oferecendo cursos e seminários voltados a agentes públicos. No entanto, muitos desses chamados cursos “caça-níquel” são feitos apenas para captar recursos públicos, sem entregar conteúdo de qualidade e com objetivo duvidoso.

A prática preocupa e interfere diretamente na responsabilidade do agente político e no uso responsável do dinheiro público. O Ministério Público e os Tribunais de Contas têm emitido recomendações alertando para o desvio de finalidade e para a ausência de pertinência temática desses eventos.

Os principais alertas incluem:

Pagamento de diárias sem comprovação de efetiva participação ou pertinência do conteúdo;

Uso de estrutura pública para benefício privado;

Utilização indevida de valores para capacitações sem conteúdo real, podendo configurar enriquecimento ilícito, improbidade administrativa e até responsabilidade civil e criminal.

Esse ciclo se repete há anos, prejudicando o municipalismo e manchando a imagem de agentes públicos sérios.

A vigilância do Ministério Público e dos Tribunais de Contas

Nos últimos anos, órgãos de controle têm intensificado investigações e recomendações, alertando principalmente para cursos que:

Não apresentam conteúdo compatível com a administração pública;

Criam uma aparência de legitimidade com nomes como “Instituto”, “Federação” ou “Confederação”;

Utilizam termos genéricos como “Congresso Nacional”, “Seminário Brasileiro” e outros, sem entregar efetivamente capacitação;

Têm como finalidade apenas a captura de recursos das prefeituras e câmaras municipais.

O objetivo é proteger o erário, garantir a qualificação real e evitar práticas que prejudicam o município e expõem agentes públicos.

Como funcionam as empresas ‘Caça-Níquel’

Essas empresas criam “institutos”, “confederações” e entidades fictícias, sem equipe e sem especialização. Utilizam títulos chamativos para atrair gestores, mas seus eventos não apresentam conteúdo técnico, não qualificam e não entregam melhorias à administração pública.

O resultado é sempre o mesmo: desperdício de dinheiro público, descrédito institucional e prejuízo ao municipalismo.

A UVB destaca a importância de denunciar práticas desse tipo e reforça que a formação de agentes públicos deve ser séria, responsável e comprometida com o interesse coletivo.

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