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A ideia de garantir o pagamento de 13º subsídio e abono de férias aos vereadores, prefeito e vice-prefeito de Maringá, no norte do Paraná, não durou 48 horas. O presidente da Câmara, Mário Hossokawa (PP), determinou na tarde da sexta-feira (29) o arquivamento da proposta.

A desistência, segundo ele, deu-se em razão dos demais vereadores não sustentarem publicamente o que haviam combinado a portas fechadas.

“Na nossa reunião, todos [vereadores] queriam que aprovasse. Na hora de votar, começaram a inventar desculpa. Vou me queimar por causa da vontade de todos?”, diz Hossokawa.”Quando senti o clima [na sessão da quinta-feira (28)] já ia pedir o arquivamento. Aí, o Odair [Fogueteiro (PHS)] pediu a suspensão por quatro sessões”, recorda o presidente do Legislativo.

O pedido de arquivamento, segundo Hossokawa, foi comunicado por ele aos demais vereadores no início da tarde desta sexta-feira e não teria sido alvo de contestações pelos colegas. Apesar da decisão, o sistema da Câmara Municipal ainda não foi atualizado e exibe o projeto como em andamento.

O projeto de lei 14.356/2017, que “regulamenta as férias e o décimo terceiro subsídio dos agentes políticos do município de Maringá e dá outras providências”, leva a data de quarta-feira (27) e recebeu sete assinaturas. Hossokawa foi o primeiro a assinar, às 18h06 do mesmo dia.

Ainda naquela noite, o documento foi assinado por William Gentil (PTB), Odair Fogueteiro (PHS), Sidnei Telles (PSD) e Belino Bravin (PP). Já na quinta-feira (28), Mário Verri (PT) e Alex Chaves (PHS) subscreveram o projeto.

A proposta seria votada em uma sessão extraordinária de quinta-feira, convocada para a discussão uma série de projetos fiscais do Executivo. Em meio à sessão, o vereador Odair Fogueteiro pediu a suspensão da matéria por quatro sessões. Pouco depois, o vereador Belino Bravin, outro signatário do projeto, disse em entrevista à RPC Maringá que não era a favor do pagamento do benefício.

Fonte: G1 Norte e Noroeste – Por Fábio Linjardi, RPC Maringá