Debate sobre a sede própria da Câmara de Vereadores de Blumenau volta com novas propostas
— 26/07/2017Discussão que começou há 10 anos ganha fôlego com indicação de novos imóveis
O ano era 2007. No dia 22 de novembro a Câmara de Vereadores recebia uma doação da prefeitura de Blumenau para poder construir a sede própria e deixar o prédio do Executivo. O terreno de 3,9 mil metros quadrados na Rua Professor Luiz Schwartz, próximo da Vila Germânica, passou por limpeza e chegou até a receber a pedra fundamental de um prédio que poderia abrigar o Legislativo blumenauense. E ficou por isso. Foi o mais perto que o sonho da casa própria dos vereadores chegou de sair do papel, há quase 10 anos. De lá para cá muito se falou e pouco avançou.
:: Poder público já gastou cerca de R$ 2,5 milhões com aluguel da Câmara de Vereadores de Blumenau
A discussão sobre a sede da Câmara Municipal de Blumenau é uma constante a cada novo grupo de vereadores que chega à Casa. O trabalho feito na legislatura anterior é engavetado e o debate se reinicia, ano após ano. Enquanto isso, desde 2013, o Legislativo paga um aluguel de R$ 60,7 mil (em valores atuais) pelo prédio situado na esquina da Rua XV de Novembro com a Alameda Duque de Caxias, a Rua das Palmeiras.
De molho desde 2015, o debate voltou à tona nas últimas semanas com novas propostas de parlamentares. Falou-se em verticalizar o casarão da Fundação Cultural, ocupar o prédio do antigo Besc na Rua XV, o antigo Fórum ao lado da prefeitura ou até mesmo um espaço público que hoje é um estacionamento próximo do endereço da Câmara.
— É bom falar sobre esse assunto pois vão surgindo novas propostas. Estamos buscando todas as alternativas, recebendo as propostas dos colegas vereadores, para então analisar a situação, ver um levantamento técnico dos locais, questão financeira e depois fazer uma audiência pública. Tudo é hipótese ainda — ressalta o presidente da Câmara de Vereadores, Marcos da Rosa (DEM).
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Dos imóveis em estudo atualmente, Rosa coloca no topo da lista o da Fundação Cultural, que está em análise. A proposta gerou polêmica com a classe artística e, nos bastidores, a expectativa é de um parecer técnico negativo. Seria mais uma proposta arquivada para aumentar a lista que começou lá em 2007 com o imóvel cedido pela prefeitura e que chegou a custar R$ 112 mil aos cofres públicos com a elaboração de um projeto arquitetônico. Presidente da Câmara dez anos atrás e principal motivador da troca de sede naquela época, o ex-vereador José Luís Gaspar Clerici lamenta que a proposta nunca tenha andado:
— Lamentavelmente depois do projeto pronto os vereadores seguintes não deram andamento, veio a enchente de 2008 e o projeto foi arquivado. É um absurdo ter que pagar aluguel hoje em dia. Se a Câmara tivesse depositado todo mês o valor que paga em aluguel, já dava para comprar um terreno.
As indicações em debate:
OUTROS IMÓVEIS
Imóveis cedidos pela prefeitura de Blumenau:
* Terreno na Rua Professor Luiz Schwartz, na Velha, perto da Vila Germânica (em 2007)
* Terreno ao lado da rodoviária, na Itoupava Norte (em 2015)
Imóveis analisados após edital em 2015:
* Antiga Pudim Medeiros (Rua Bahia)
* Correia Materiais Elétricos (Rua 2 de Setembro)
* Blusoft (Rua 2 de Setembro)
*Antiga Semascri (Rua Capitão Santos, Garcia)
* Antigo Romeu Georg (Rua 2 de Setembro)
* Sulfabril, administração (Rua Itajaí)
* Brandili, administração (Via Expressa)
* Antiga Casa Royal (Rua 7 de Setembro)
Fonte: JORNAL SANTA CATARINA