Mudanças do programa Farmácia Popular vai afetar 1,1 milhão de pessoas
— 10/10/2015Com o corte na variedade de medicamentos que serão vendidos pelo programa Farmácia Popular do governo federal a partir de 2016, cerca de 1,1 milhão de pessoas poderão ficar sem acesso a seus remédios com descontos de até 90%. As informações são da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma).
Entre os que terão sua disponibilização cancelada estão opções para os tratamentos de glaucoma, mal de Parkinson, osteoporose, rinite, colesterol e incontinência urinária. Isso ocorrerá porque a União enviou ao Congresso Nacional o Orçamento de 2016, com um corte de R$ 578 milhões no programa. A lista dos que deixarão de ser vendidos — a partir de janeiro — é composta por 11 itens, incluindo fraldas geriátricas.
No caso dos anticoncepcionais, as quatro opções disponíveis hoje deixarão de ser vendidas com desconto na rede privada (convênios com grandes redes), mas terão similares na rede própria federal. Portanto, na prática, das 11 opções, apenas sete não serão mais ofertadas de forma alguma. Outros 14 remédios — para hipertensão, diabetes e asma, cuja oferta é gratuita —, serão mantidos nas redes própria e privada do Saúde Não Tem Preço (braço do Farmácia Popular).
Segundo a Interfarma, cerca de três milhões de pessoas são beneficiadas mensalmente pelo Farmácia Popular. Do total, 1,8 milhão ainda poderão encontrar os remédios nas unidades do governo, apesar de o convênio com as farmácias privadas chegar ao fim.